O Vice-Presidente do Conselho de Administração do IBRI compartilhou suas experiências no mercado de Relações com Investidores, comentou sobre o cenário atual e falou sobre as tendências da área de RI
Produzida pela MZ, e com apoio do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores), a tão aguardada terceira temporada do IR TALKS estreia hoje, 01 de abril de 2024, às 12 horas. E para começar esta edição, Cassio Rufino, CFO & COO da MZ, recebe André Vasconcellos para um bate-papo enriquecedor sobre diversos temas que permeiam o mercado de capitais. O episódio ficará disponível no Portal da MZ.
O IR TALKS vai muito além das discussões sobre o mercado, abordando trajetórias, experiências e perspectivas, como demonstrado por André Vasconcellos durante sua participação no programa. Vasconcellos, que é Vice-Presidente do Conselho de Administração do IBRI e também Diretor Financeiro e de RI na Companhia Carioca de Securitização (Rio Securitização), começou a conversa compartilhando um pouco sobre sua formação militar e o que o levou para o mercado de Relações com Investidores.
“Eu iniciei minha carreira na Marinha do Brasil, passei pelo Colégio Naval e, em seguida, entrei para a Escola Naval. Naquele momento, para mim, foi uma inspiração pessoal. Meu pai é militar, meu irmão é militar, então eu quis entender melhor os desafios dessa profissão e me aproximei mais dela. No entanto, ao longo do curso, percebi que havia outros mercados que me interessavam mais. Foi então que, durante minha trajetória na Escola Naval, decidi fazer vestibular para Administração no IBMEC do Rio de Janeiro. Mergulhei de cabeça nessa nova oportunidade e ali já sabia que seria uma virada de chave na minha carreira”, compartilha.
Hoje, já com tantos anos de vivência na área, André destaca pontos fundamentais para o sucesso de um profissional de Relações com Investidores no volátil mercado de capitais: a capacidade de aprendizado contínuo, adaptação às mudanças, absorção de inovações tecnológicas e eficiência na realização de tarefas diárias, fazendo mais com menos. Afinal, a grande maioria dos times de RI das companhias abertas contam com poucos componentes, o que exige ainda mais resiliência dos líderes.
A rotina dos profissionais de RI está permeada pelos valores da empresa, suas conquistas, iniciativas de sustentabilidade e outros aspectos relevantes. “O trabalho desses profissionais precisa ser dinâmico. O departamento de RI acompanha as mudanças nas regulamentações relacionadas à divulgação de informações financeiras e outras obrigações de Governança Corporativa, garantindo que a empresa esteja em conformidade com as normas regulatórias aplicáveis”, afirma André Vasconcellos.
Notadamente, a missão das áreas de Relações com Investidores permanece em constante evolução. Vasconcellos declara que “ainda existem muitas dúvidas – ou informações equivocadas – sobre quais são as funções dos departamentos de RI das empresas. O objetivo principal dos profissionais da área é estabelecer e manter uma comunicação eficaz entre empresas e potenciais investidores. Parece simples, mas é um trabalho essencial, que pode diferir em relação à estrutura, escopo e responsabilidades, dependendo das necessidades e características específicas de cada organização”.
Felizmente, ao longo do tempo, surgiram ferramentas que auxiliam o cotidiano desses profissionais. Uma delas é o uso estratégico das redes sociais, que se tornou uma das principais tendências de RI, especialmente impulsionada pela pandemia da COVID-19. Entretanto, André Vasconcellos ressalta: “As redes sociais são, sem dúvida, um fator crítico para o sucesso de alguns programas de RI. E por que eu digo alguns? Bom, é muito importante que a presença digital das companhias esteja prevista na política de divulgação de informações e na política de porta-vozes da empresa, identificando quais elementos dentro da companhia podem e devem se manifestar em nome dela”, enfatiza.
Esse alerta é especialmente relevante nos tempos atuais, em que há uma infinidade de influenciadores e plataformas de mídias sociais. A transparência permanece como um dos pilares mais importantes do RI. É crucial considerar como a mensagem é transmitida e qual o melhor canal para fazê-lo, levando sempre a verdade para o investidor, diz.
De fato, a transparência é palavra-chave nos mais premiados programas de RI e as inovações tecnológicas têm sido fatores críticos para o engajamento e a comunicação com stakeholders, sejam nacionais ou estrangeiros. “É crescente a aplicação de inteligência artificial, realidade virtual e realidade aumentada no ambiente corporativo. Enquanto a Inteligência Artificial é adotada com cada vez mais frequência pelas companhias abertas para análise de dados e automação de processos, ajudando a identificar tendências, prever dinâmicas de mercado e aprimorar a tomada de decisões, as tecnologias relacionadas à realidade virtual e à realidade aumentada podem ser utilizadas para criar experiências imersivas, como passeios virtuais pelas instalações de parques operacionais e da sede corporativa, apresentações de resultados em ambientes digitais e reuniões de acionistas de forma híbrida, inclusive com tradução simultânea”, declara o Vice-Presidente do Conselho de Administração do IBRI.
A tecnologia também tem sido uma importante aliada no combate à assimetria informacional e na proteção dos acionistas minoritários em empresas listadas, temas centrais na agenda regulatória da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nos últimos anos. “Para mitigar a assimetria informacional e combater o insider trading, as companhias abertas buscam reforçar a transparência e a tempestividade na divulgação de informações ao mercado, assim como amadurecer constantemente seus padrões de Governança Corporativa. Nesse sentido, a tecnologia blockchain é, sem dúvida, uma aliada e tem se tornado uma importante tendência, seja na implementação célere de avanços regulatórios ou societários, seja na evolução do compliance nos processos corporativos, inclusive pela autenticação biométrica, por meio de impressões digitais ou de reconhecimento facial, por exemplo”, ressalta o Diretor Financeiro e de RI da Rio Securitização.
Outro tema relevante discutido durante o programa foi o ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance; em português, ASG – Ambiental, Social e Governança), que tem se mantido em alta no mercado de capitais há anos e se intensificou após a iniciativa da CVM de solicitar relatórios sobre ESG no Formulário de Referência das empresas. Sobre isso, André Vasconcellos comenta: “O movimento ESG veio para ficar. Na verdade, ele sempre esteve presente, muda-se às vezes o nome, mas o olhar do negócio em si e da sustentabilidade dele é fundamental para sua manutenção”.
Quanto às dicas para profissionais que estão iniciando ou desejam consolidar sua carreira no mercado, Vasconcellosdestaca: “Aproveitem o networking da melhor forma possível, busquem uma inspiração e não parem de estudar”. Ele também ressalta a importância de manter uma presença ativa no LinkedIn: “Valorizem e construam sua marca pessoal. Vejam o LinkedIn como se fosse o site da sua empresa, que é você“, conclui.
O episódio ainda conta com uma série de outros temas importantes como, influenciadores digitais, participação das companhias abertas em lives, comunicação com o mercado, perspectivas de IPOs em 2024, Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional que impactam o mercado de capitais e muito mais!
Para ver na íntegra o programa de estreia, basta acessar o Portal da MZ.
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Cassio Rufino
CFO & COO
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Sobre a MZ
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