No dia Internacional da Mulher, pelo sexto ano consecutivo, a B3 realizou o toque da campainha para promover a equidade de gênero e o desenvolvimento sustentável. O Ring the Bell for Gender Equality é um movimento que reuniu mais de 100 bolsas pelo mundo para falar sobre o papel da liderança feminina para alcançar um futuro equânime.
O painel realizado durante o evento, foi moderado pela jornalista e apresentadora da CNN Brasil Luciana Barreto e teve a participação de Ana Buchaim, Diretora de Pessoas, Comunicação, Marketing e Sustentabilidade da B3, Adriana Muratore, Coordenadora do Programa Diversidade em Conselho (PDEC) e Ana Carolina Querino, Representante Adjunta da ONU Mulheres Brasil.
O evento destacou as inciativas da B3 para promover a igualdade de gênero, onde podemos citar:
- Índice ISE B3 (Índice de sustentabilidade empresarial criado desde 2005 e que busca fornecer parâmetros em relação às ações ESG).
- Meta específica atrelada à diversidade e inclusão (Válido para todos os funcionários da companhia e a B3 tem evoluído nesse indicador para ter metas específicas quanto a representatividade de públicos)
- Programa de mentoria para mulheres (Com o objetivo de desenvolver futuras líderes).
- Emissão de bond de US$700 milhões atrelado a metas de diversidade (Foi a primeira bolsa de valores do mundo a emitir uma dívida com um sustentability linked bond, focado em metas exclusivamente sociais para atingir até 2026 o percentual de 35% de mulheres nos cargos de liderança dentro da B3).
- Signatários do Women On Board (Visa garantir, no mínimo, duas conselheiras, duas mulheres no Conselho de Administração das companhias. Atualmente temos 3 no Conselho da B3).
- Apoio ao PEDC, o programa de Diversidade em Conselho (Criado em 2014, cujo objetivo é favorecer a exposição de mulheres não só em conselhos de administração, mas também em comitês e conselhos fiscais das companhias).
- Boot camp de diversidade e inclusão (Engajamento de mais de 60 clientes, entre bancos, corretoras, assets, fundos).
- Be Together (Iniciativa que reúne mulheres do mercado financeiro para discutir boas práticas que promovem a presença feminina dentro do mercado).
Eis um pouco do que foi discutido no evento, de acordo com as falas das palestrantes:
O empoderamento ajuda no mundo dos negócios?
Segundo as palestrantes, se a sociedade é composta por, mais ou menos, 50% mulheres, como vamos deixar esses 50% fora dos benefícios do desenvolvimento e não contando com essas mulheres, para contribuir para o desenvolvimento, como não contar com esse grupo, com esse talento diverso das mulheres?
Acelerar essa agenda é uma questão de justiça social, ou uma questão de lucro também?
É preciso entender que diversidade não é uma tendência, ela pode ser rápida, e ela pode gerar impacto, ela é muito mais eficaz do que eu gerar conhecimento acumulado dentro da organização. Não se está discutindo o valor, potencial de geração de emprego, crescimento, impacto, lucro top line e botton line, se está discutindo realmente porque isso não evoluiu, ainda de acordo com as palestrantes. Estamos aqui dando soluções, parcerias, abrindo o horizonte nas discussões para que possamos influenciar as organizações a mudarem, porque queremos que o mercado brasileiro se desenvolva na velocidade necessária.
Como lutar contra vieses inconscientes (obstáculos ao implementar programas de inclusão)
Conforme as palestrantes citaram no evento, é bom sempre se questionar sobre como estão as coisas, o estado atual das coisas, sempre buscar dados desagregados para ver onde estão as mulheres, onde as desigualdades se manifestam para buscar soluções, para desenvolver ferramentas e para sempre investir num processo que passa da conscientização, o compromisso; do compromisso para a implementação de fato; para sustentar essa ação e inspirar outras pessoas.
Disseminamos um trabalho de discussão entre pares, um trabalho de mensuração dos resultados que são alcançados. Então, de uma forma bastante concreta, pensando no mercado, pensando nas empresas e no mundo corporativo.
Então, uma jornada que começa os princípios de empoderamento das mulheres, o que corresponde a uma plataforma, que foi criado em 2010 pela ONU Mulheres e o Pacto Global, e que passa por um processo de amadurecimento muito interessante. Então as empresas elas começam medindo, a partir da ferramenta de diagnóstico de gênero, como que elas estão e comparando com outras empresas do setor. A partir desse quadro você pode desenvolver um plano de ação, você pode implementar esse plano de ação e mensurar.
Então, como a partir das suas práticas de compras você pode influenciar empresas que contratam empresas lideradas por mulheres. Como é que a partir da sua prática de compras, a partir do seu relacionamento com outras empresas, com seus fornecedores, você pode, por exemplo, inspirar esses fornecedores para que adotem práticas de não discriminação, para que empreguem mulheres na sua diversidade – mulheres que são vítimas de violência, mulheres imigrantes e refugiadas, mulheres negras, mães solteiras – então como que você pode criar mecanismos?
O Senado Federal fez isso, criou um percentual para que as empresas que são fornecedoras do Senado, para que essas empresas contratem percentual x mulheres vítimas de violência. Então, por que não pensar em desenvolver a mesma coisa para contratar mulheres refugiadas? Nessa crise que a gente vive. A gente já está vendo a crise da guerra, como que afeta essa situação de migração e refúgio. Como que a gente tem uma situação aqui no Brasil, das mulheres migrantes e refugiadas que são provenientes da Venezuela, de outros países. Então, como que você poderia criar um percentual para trazer essas mulheres? E também outras iniciativas, como a própria bolsa já trouxe, então, de como você pode, a partir do seu negócio, inspirar outras instituições que não costumam pensar dessa forma a investir nas mulheres. Então, como você criou um título de dívida pública, que é uma área de ponta. Estão, assim, tem as áreas tradicionais e tem as áreas de ponta. Então, como que você, a partir do seu negócio inova e vai dar um passo além? Então, essa receitinha, que não é uma receita que é criada sozinha, que é uma receita co-criada com diversos parceiro é que leva ao sucesso que leva a uma situação de maior equidade.
A MZ acredita na biodiversidade e apoia iniciativas como essa da B3 e, como uma maneira de tentar divulgar cada vez mais esse assunto tão importante, disponibiliza a transcrição do evento na íntegra.
Acesse aqui a transcrição completa do evento. Para assistir o evento completo no canal oficial da B3 no Youtube, clique aqui.
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