Reunião aberta Finfluencer – ANBIMA
São Paulo, 16 de agosto de 2023 – Com o avanço da tecnologia e a expansão do poder das mídias digitais, os influenciadores digitais se tornaram figuras essenciais na disseminação de conceitos e produtos financeiros, alcançando um público cada vez mais amplo e diversificado. Através das redes sociais, eles têm a capacidade de transmitir conhecimento de maneira acessível e descontraída, tornando o mercado financeiro mais atrativo e compreensível para aqueles que anteriormente se sentiam afastados do tema. Além disso, desempenham um papel crucial na promoção da educação financeira e na orientação adequada de investimentos, contribuindo para que os investidores tomem decisões mais informadas.
Tamanha a importância dos influenciadores que, semestralmente, a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) realiza levantamentos e conduz reuniões abertas sobre o tema. A quarta edição da reunião aberta, chamada de “Finfluencer – quem fala de investimentos nas redes sociais,”, foi realizada em 27 de março de 2023, e foi conduzida por Amanda Brum, CCO & CMO da ANBIMA, e Luiz Henrique Carvalho, Diretor Executivo da ANBIMA. Amanda começou a reunião com uma breve introdução de si mesma, estabelecendo o foco da discussão, enquanto Luiz aprofundou a explanação dos temas que seriam abordados durante o encontro.
Luiz destacou o compromisso da ANBIMA em reconhecer a importância dos influenciadores na nova era financeira e mencionou a busca por parcerias estratégicas com esses profissionais. Isso visa promover a disseminação responsável e precisa de informações financeiras, proporcionando maior transparência e confiança no mercado. O objetivo central da reunião era discutir as novas regras de autorregulação dos influenciadores, atualmente em fase de audiência pública, com a participação de influenciadores atuantes no setor e representantes de instituições que pretendem contratar seus serviços.
Luiz também apresentou uma linha do tempo das atividades da ANBIMA relacionadas aos influenciadores. A monitorização começou em 2020 com o “relatório do influenciador,” marcando o início de um aprofundamento nessa área e fortalecendo a relação entre a ANBIMA e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que demonstrou interesse no segmento de influenciadores e suas possíveis parcerias. Embora as discussões sobre o tema tenham começado entre 2020 e 2021 na ANBIMA, a autorregulação efetiva teve início em 2022, quando o assunto se tornou uma prioridade.
Uma das iniciativas da ANBIMA foi o “Influencer Day,” uma série de reuniões abertas nas quais a instituição buscou compreender melhor a percepção sobre a atividade dos influenciadores e como apoiar seu trabalho. Outro ponto relevante ressaltado pela ANBIMA na reunião foi a cooperação com a CVM para a elaboração de um estudo de impacto regulatório (AIR) e com a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BSM) para a integração de influenciadores nos mercados regulamentados. Essa colaboração visa tanto a distribuição de produtos de investimento quanto a supervisão das atividades dos influenciadores e a detecção de possíveis manipulações do mercado. A Organização Internacional de Comissões de Valores (IOSCO) também está envolvida no processo, uma vez que o tema está sendo debatido em outros países ao redor do mundo.
Dessa forma, fica evidente que os influenciadores desempenham um papel importante no mercado financeiro, tornando-o mais acessível e compreensível para um público diversificado. A ANBIMA reconhece essa importância e busca estabelecer regras de autorregulação para garantir a disseminação responsável de informações financeiras por parte desses profissionais. A reunião teve como objetivo discutir a implementação dessas regras, buscando a participação dos influenciadores afetados, a fim de promover maior transparência e confiança no mercado financeiro.
Objetivos da Regulamentação
Luiz explicou que a regulamentação visa padronizar a atividade dos influenciadores, estabelecendo melhores práticas e evitando problemas ou questionamentos por parte de reguladores e outras entidades. O objetivo principal é promover um crescimento sustentável, não colocando barreiras, mas alinhando o mercado a um conjunto de diretrizes de atuação semelhantes.
A contratação de influenciadores deve ocorrer mediante a celebração de contratos claros que detalhem os produtos, os meios de divulgação e o escopo da colaboração. Essa clareza é fundamental para que a instituição contratante possa monitorar se as atividades estão alinhadas com as expectativas e as responsabilidades acordadas. Além disso, o contrato deve estabelecer as formas de inserção dos anúncios, os meios de comunicação a serem utilizados e os produtos a serem apresentados.
A descrição detalhada da remuneração entre as partes envolvidas no contrato é um aspecto importante para evitar conflitos de interesses e garantir uma relação transparente. É essencial que o influenciador seja transparente ao divulgar que suas inserções são publicidades e que existe uma parceria comercial com a instituição. A transparência com o investidor é uma das principais diretrizes trazidas pela regulamentação.
Antes de encerrar a sessão de perguntas e respostas, Amanda enfatizou que a ANBIMA não irá regulamentar diretamente os influenciadores, mas sim as instituições, buscando regularizar a contratação dos influenciadores e suas áreas de atuação em conjunto com as instituições.
Durante a sessão de perguntas e respostas, várias dúvidas foram discutidas, principalmente sobre como a ANBIMA poderia regularizar esse mercado ainda em desenvolvimento, que apresenta lacunas em termos de atuação. Com essa regulamentação, espera-se trazer maior profissionalização à atividade dos influenciadores, estabelecendo parâmetros mínimos de atuação e garantindo uma relação transparente com o público e com as instituições envolvidas. Além disso, busca-se evitar conflitos de interesses e assegurar que as informações transmitidas pelos influenciadores sejam claras e verídicas.
Embora seja uma iniciativa importante, é importante destacar que a regulamentação não tem como objetivo restringir a atividade dos influenciadores, mas sim promover um ambiente mais seguro e confiável para todas as partes envolvidas. Através dessa padronização, espera-se também fomentar o crescimento sustentável do mercado, proporcionando mais segurança aos investidores e contribuindo para o desenvolvimento do setor como um todo.
Ou seja, a regulamentação dos influenciadores busca estabelecer padrões mínimos de atuação, promovendo maior transparência e profissionalismo na relação entre influenciadores, instituições e investidores. Ao estabelecer regras claras e condutas éticas, pretende-se garantir um ambiente de negócios mais seguro e confiável, contribuindo para o crescimento sustentável do mercado financeiro.
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