São Paulo, 12 de Abril de 2023 – A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgou neste mês de Abril um panorama geral dos resultados do Mercado de Capitais no primeiro trimestre de 2023.
O cenário do mercado de capitais brasileiro nesse primeiro trimestre de 2023 não se mostrou tão favorável como no ano passado, com as empresas brasileiras levantando R$66 bilhões ao longo do primeiro trimestre, o que representa uma queda de 38,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Mais da metade dessas operações (61%) já foram realizadas nos padrões propostos pela resolução CVM n° 160, já a outra parte é representada pelas operações que tiveram seu início em 2022.
A Resolução CVM 160, instaurada em julho de 2022, regulamenta as novas normas de ofertas públicas de distribuição primária ou secundária de valores mobiliários ofertados nos mercados regulamentados. A nova resolução revogou as regulamentações anteriores – Instrução CVM nº 400 e a Instrução CVM nº 476 – passando a ser obrigatório para distribuição o registro prévio na CVM de acordo com os novos ritos impostos.
De acordo com o vice-presidente da Anbima, José Eduardo Laloni, esse primeiro trimestre foi marcado pela alta dos juros e volatilidade do mercado, que contribuiu para esse recurso nas movimentações do mercado de capitais, tanto no âmbito de operações de renda fixa, quanto de renda variável.
A maioria das operações apresentaram queda de volume comprado a primeiro trimestre de 2022, com exceção das operações de modalidade híbrida, ou seja, que se enquadram entre renda fixa e variável, como os fundos imobiliários que tiveram um avanço de 36%, de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,5 bilhões e os Fiagros com alta de 46,8% nesse primeiro trimestre.
Entre os investimentos de renda fixa, as debêntures apresentaram um resultado de R$36,6 bilhões, e tiveram queda de 34,5% em relação ao início de 2022. Entretanto, mesmo mediante esse cenário, os resultados destes anos aparecem em terceiro lugar entre os mais da história para um primeiro trimestre. O setor de energia elétrica lidera as emissões de debêntures no período, totalizando uma movimentação de 15 bilhões.
A MZ elaborou um estudo de Monitoramento de Mercado sobre os Fatos Relevantes Sobre Debêntures em 2022 onde foram identificadas no estudo 88 empresas pertencentes a 19 setores diferentes que arquivaram 148 Fatos Relevantes sobre Debêntures em 2022. O setor que mais divulgou fatos relevantes sobre debêntures foi o setor de Aluguel de Veículos e Máquinas, com 14,2% do total, seguido do setor de Varejo, com 13,5% do total.
Já na renda variável, foi registrado uma operação de Follow-on (oferta subsequente de ações) em 2023, que movimentou cerca de R$ 3,3 bilhões. Em 2022 foram realizados oito follow-ons somando R$ 11,3 bilhões, o que representa uma queda de 88% na quantidade de follow-on em relação ao mesmo período do ano passado.
Trimestralmente, a MZ divulga um estudo de Monitoramento de Mercado dos IPOs e Follow-Ons que ocorreram. No estudo divulgado sobre os Follow-Ons de 2022 foram identificadas 19 empresas que realizaram esse processo, número 26% inferior que o registado no ano de 2021. Dentre os setores que realizaram a operação, Varejo e Energia Elétrica foram as que mais realizaram Follow-Ons em 2022, com 4 e 3 companhias, respectivamente.
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