No dia 14 de outubro, o Itaú BBA promoveu o evento Macro Vision 2024, com o objetivo de discutir as principais perspectivas e temas relevantes para o mercado de capitais. A programação contou com sete painéis, que abordaram questões macroeconômicas globais, as eleições presidenciais nos Estados Unidos, riscos fiscais, inteligência artificial, entre outros tópicos importantes.
A MZ, comprometida em empoderar o profissional de Relações com Investidores, seja com tecnologia de ponta e atendimento excepcional, seja através da disseminação de conteúdos relevantes como esse, irá compartilhar resumos de cada painel do evento. O quinto painel contou com a presença de Daniela Amodei, Presidente e Co-Fundadora da Anthropic e de Vasi Philomin, Vice-Presidente de Inteligência Artificial Generativa da AWS, que discutiram sobre o impacto da inteligência artificial (IA), especialmente a IA generativa, nos diversos setores econômicos e na vida cotidiana.
A conversa foi pautada pelos avanços tecnológicos, pelas mudanças no mercado de trabalho e pelas oportunidades que a IA está criando para diferentes indústrias, como saúde, finanças e entretenimento. A tecnologia está transformando a forma como empresas interagem com clientes, como tomam decisões estratégicas e como utilizam dados para personalizar serviços e aumentar a eficiência.
O impacto da inteligência artificial nos negócios
A discussão começou abordando como a inteligência artificial já está impactando diversos setores da economia e transformando a maneira como as empresas operam. Setores como saúde, finanças e seguros têm adotado rapidamente a IA generativa, que está proporcionando ganhos de produtividade e eficiência. No setor de saúde, por exemplo, a IA tem sido utilizada para otimizar processos de pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos, bem como para automatizar fluxos de trabalho clínico. Isso permite que médicos e enfermeiros dediquem mais tempo ao cuidado direto dos pacientes, em vez de se preocuparem com tarefas burocráticas.
Nas fintechs, a IA está sendo usada para investigar fraudes e crimes financeiros com mais precisão. Um exemplo citado foi o da Nasdaq, que utiliza IA generativa para analisar transações e identificar atividades suspeitas, aumentando a eficiência do combate a fraudes em cerca de 33%. Além disso, a tecnologia está ajudando na geração de código de software, permitindo que desenvolvedores criem soluções mais rapidamente e com menos erros.
O uso de chatbots e assistentes virtuais também foi destacado como uma forma de melhorar a experiência do cliente. Esses sistemas são capazes de oferecer respostas personalizadas e automatizadas, permitindo uma interação mais rápida e eficiente com os consumidores. Além disso, a IA generativa está possibilitando uma maior personalização de serviços, criando experiências únicas para cada cliente.
A importância da personalização e da automação
Um dos pontos centrais da discussão foi a capacidade da IA de proporcionar hiperpersonalização, especialmente em setores como entretenimento e e-commerce. A IA permite que empresas ofereçam experiências sob medida para cada cliente, adaptando produtos e serviços de acordo com as preferências individuais. No setor de jogos, por exemplo, a IA possibilita que cada jogador tenha uma jornada personalizada, criando um envolvimento maior com o produto e aumentando a satisfação do usuário.
Além disso, a automação foi outro tema recorrente. A IA está simplificando processos manuais e repetitivos, como a análise de grandes volumes de dados ou a criação de conteúdo, permitindo que os trabalhadores humanos se concentrem em tarefas mais complexas e criativas. A automação de tarefas administrativas em clínicas e hospitais, por exemplo, tem ajudado a reduzir a carga de trabalho de médicos e enfermeiros, liberando-os para atividades mais importantes, como o atendimento aos pacientes.
A automação também está transformando o setor de desenvolvimento de software. Com a ajuda da IA, desenvolvedores podem gerar milhares de linhas de código em questão de horas, o que aumenta significativamente a produtividade. No setor financeiro, isso está ajudando instituições como o Itaú Unibanco a otimizar a criação de sistemas e a melhorar a qualidade de seus produtos digitais.
IA e o futuro do mercado de trabalho
Outro ponto de destaque foi a questão do impacto da IA no mercado de trabalho. Embora haja um temor de que a IA substitua empregos, o painel defendeu que a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta para aumentar o potencial humano, em vez de eliminá-lo. A IA pode assumir tarefas repetitivas e burocráticas, permitindo que os funcionários se concentrem em problemas mais complexos que exigem habilidades interpessoais, criatividade e inteligência emocional.
Um exemplo mencionado foi a adoção de robôs pela Amazon para ajudar no atendimento de pedidos. Ao contrário do medo inicial de que os robôs substituiriam os trabalhadores humanos, o número de empregos na Amazon triplicou após a implementação da IA. Isso demonstra que, em vez de eliminar empregos, a IA pode transformar o trabalho, liberando os funcionários de tarefas tediosas e permitindo que eles assumam funções mais estratégicas.
O painel também destacou que o sucesso no uso da IA dependerá da capacidade das empresas de treinar suas equipes para utilizar essas novas ferramentas. Os profissionais que aprenderem a trabalhar com a IA estarão em uma posição privilegiada no mercado de trabalho, competindo não apenas com outros humanos, mas também com máquinas que potencializam suas habilidades.
Ética, governança e regulamentação
A questão da ética e da governança na aplicação da inteligência artificial também foi amplamente discutida. Os palestrantes enfatizaram que, à medida que a IA se torna cada vez mais poderosa e presente em nossas vidas, é fundamental garantir que ela seja desenvolvida e utilizada de forma ética. A implementação de IA sem um código de ética sólido pode resultar em vieses, discriminação e até mesmo em problemas de segurança.
Foram mencionadas iniciativas como a IA Constitucional, que busca definir um conjunto de diretrizes que guiem o desenvolvimento e a aplicação da inteligência artificial. Esse conjunto de regras baseia-se em documentos globais, como a Declaração dos Direitos Humanos, e busca garantir que a IA respeite a igualdade e a dignidade humana. As empresas que adotam essas diretrizes não apenas evitam riscos éticos, mas também aumentam a confiança de seus clientes e parceiros.
A regulamentação da IA, especialmente no Brasil, também foi um tema relevante. O país está avançando na criação de uma legislação para regular o uso da IA, inspirando-se no modelo europeu. Os palestrantes destacaram que é crucial que as regulamentações sejam desenvolvidas de forma a não restringir a inovação, mas sim a promover um uso seguro e responsável da tecnologia.
Tomada de decisões e o poder dos dados
Outro ponto discutido foi o uso da IA para melhorar a tomada de decisões empresariais. As empresas estão cada vez mais utilizando grandes volumes de dados para tomar decisões mais precisas e eficientes. Com a ajuda da IA, esses dados podem ser analisados rapidamente, permitindo que gestores façam escolhas informadas em tempo real.
A capacidade da IA de identificar padrões em grandes volumes de dados pode ser particularmente útil em áreas como marketing, finanças e saúde. No setor de saúde, por exemplo, a IA está ajudando a identificar padrões em pesquisas médicas, acelerando o desenvolvimento de novos tratamentos e medicamentos. Já no setor financeiro, a IA está sendo usada para identificar tendências de mercado e prever comportamentos de consumo, permitindo que as empresas ajustem suas estratégias com maior agilidade.
A governança de dados foi citada como um aspecto crucial para o sucesso da IA. Empresas que armazenam seus dados de forma segura e organizada têm uma vantagem competitiva, pois podem aproveitar melhor o poder dos dados. A governança adequada também ajuda a garantir a conformidade com regulamentações e a proteger a privacidade dos clientes.
Resumindo em um parágrafo ou mais
O painel Inteligência Artificial e o Futuro dos Negócios destacou o imenso potencial transformador da IA para diversos setores da economia. Desde a personalização de serviços até a automação de processos, a IA está revolucionando a forma como as empresas operam e interagem com seus clientes. Embora haja desafios, como a necessidade de governança ética e a adaptação do mercado de trabalho, os benefícios são claros: maior produtividade, personalização e uma tomada de decisões mais rápida e precisa.
As empresas que souberem aproveitar essas oportunidades estarão na vanguarda da inovação nos próximos anos. No entanto, será fundamental que esses avanços tecnológicos sejam acompanhados por uma forte governança ética e regulamentar, garantindo que a IA seja usada de forma segura e benéfica para a sociedade. A inteligência artificial não apenas moldará o futuro dos negócios, mas também o futuro da interação humana com a tecnologia.
Esperamos ter ajudado com esse resumo do painel e estamos sempre à disposição!
Equipe Comunicação Externa & Pesquisa MZ
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