No dia 14 de outubro, o Itaú BBA promoveu o evento Macro Vision 2024, com o objetivo de discutir as principais perspectivas e temas relevantes para o mercado de capitais. A programação contou com sete painéis, que abordaram questões macroeconômicas globais, as eleições presidenciais nos Estados Unidos, riscos fiscais, inteligência artificial, entre outros tópicos importantes.
A MZ, comprometida em empoderar o profissional de Relações com Investidores, seja com tecnologia de ponta e atendimento excepcional, seja através da disseminação de conteúdos relevantes como esse, irá compartilhar resumos de cada painel do evento. O primeiro painel contou com a presença do Ministro da Fazenda, que abordou temas importantes, como as perspectivas futuras, a reforma do imposto de renda, o grau de investimento do Brasil e o cenário global.
Perspectivas Futuras
Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, apontou que, após uma década de um cenário de crise econômica, devido a uma série de ocorrências, o Brasil deve apresentar um crescimento econômico com uma taxa de crescimento no mínimo equivalente à média mundial. Isso devido a um conjunto de projetos de investimento que estão represados há muito tempo e que possuem altas taxas de retorno, que devem gerar interesse internacional sobre o Brasil.
Em setembro deste ano, o governo já havia aumentado sua projeção de crescimento para 2024, ajustando de 2,5% para 3,2%, após a divulgação dos dados do segundo trimestre, que registraram um aumento de 1,4%, superando as expectativas do mercado. Haddad ainda pontuou que, mesmo com as adversidades ocorridas nesse ano, como o desastre no Rio Grande do Sul e a falta de água que impacta a produção de alimentos e de energia elétrica, a inflação deve ficar dentro do teto, e deve ser menor do que a do ano passado.
O ministro ainda apontou que, com o crescimento econômico previsto, é necessário e possível trilhar uma trajetória consistente em que a receita cresça acima do PIB e a despesa cresça abaixo dele, para reequilibrar as contas públicas. Caso não haja crescimento, é difícil que esse cenário se torne realidade.
Em relação ao orçamento de 2025, Fernando Haddad afirmou que a execução do orçamento do ano de 2024 foi melhor do que o previsto no ano anterior, com uma receita ordinária que apresentou evolução favorável, contra uma receita extraordinária que não foi exacerbada. Para 2025, o ministro acredita que o orçamento está muito mais equilibrado e com perspectivas de crescimento de receita e PIB.
Reforma do Imposto de Renda
No que tange a reforma do imposto de renda, Haddad apontou que atualmente estão levantando todas as alternativas técnicas possíveis para apresentar ao Presidente da República e ao conjunto de ministros. Esses estudos não devem ficar prontos ainda neste ano, devido ao calendário apertado.
No caso do imposto sobre o consumo, já existem duas PECs em tramitação, enquanto no imposto sobre as rendas, os estudos são bem mais preliminares. Segundo o ministro, as contas do imposto de renda atual ainda estão sendo abertas e analisadas, como as deduções por rubrica, quais classes são favorecidas, se há justiça tributária, entre outros fatores relevantes. Ainda citou que estão analisando a taxação dos dividendos, vendo se há equilíbrio sem prejuízo ao investimento e sem promover qualquer tipo de injustiça.
Grau de Investimento
A questão do grau de investimento do Brasil também foi abordada na conversa. O grau de investimento de um país é uma classificação atribuída por agências de rating (como Moody’s, S&P e Fitch) que indica o nível de risco associado ao crédito desse país, ou seja, a sua capacidade de honrar compromissos financeiros, como o pagamento de sua dívida.
Quando um país possui o grau de investimento, ele é considerado um destino seguro e confiável para investidores, o que facilita o acesso a crédito com taxas de juros mais baixas e atrai mais investimentos estrangeiros. Isso ocorre porque a classificação reflete que o risco de inadimplência é baixo, aumentando a confiança dos investidores no governo. O grau de investimento é atribuído com base em diversos fatores, como a saúde fiscal do país, estabilidade política, crescimento econômico, e a capacidade de controlar a inflação e a dívida pública.
No início do mês, a agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva positiva, deixando o país a um passo de recuperar o grau de investimento. A melhora reflete o crescimento robusto do PIB e reformas econômicas e fiscais recentes, como a reforma tributária e a transição energética, que impulsionam o ambiente de negócios e atraem investimentos. A Moody’s ainda destacou o compromisso do Brasil com metas fiscais e a estabilização da dívida/PIB.
Sobre a retomada do grau de investimento do Brasil, Haddad disse que acredita na agenda proposta pelo governo e que as condições de desenvolvimento e crescimento econômico são palpáveis. A mudança, diz a Moody’s, ocorre apesar de o arcabouço fiscal do Brasil ainda ter “credibilidade moderada”, como refletido no “custo relativamente elevado da dívida” pública. Sobre isso, o ministro da Fazenda afirma que o novo arcabouço fiscal, com parâmetros claros e saudáveis sobre a evolução de receitas e despesas, é o caminho para alcançar o grau de investimento novamente.
Cenário Mundial
Haddad destacou que, diante do cenário global atual, o Brasil se destacou como um destino atrativo para investimentos. Devido às dificuldades enfrentadas por algumas regiões do mundo, o Brasil ganhou uma atenção especial, impulsionada por suas vantagens competitivas, tanto em sua matriz produtiva quanto energética, circunstâncias que favorecem a atenção para a economia brasileira, segundo o ministro.
Haddad enfatizou que o Plano de Transformação Ecológica (PTE), lançado pelo Ministério da Fazenda, será crucial para acelerar o crescimento do país. O plano tem como objetivo não só a transição para uma economia de baixo carbono, mas também promover o desenvolvimento econômico e social, e fomentar o desenvolvimento brasileiro.
Ele também destacou o papel do Brasil na liderança do G20, ao assumir a presidência rotativa. O país trouxe importantes contribuições ao debate global, abordando questões como desigualdade, mudança climática, fome, pobreza e o realinhamento dos bancos multilaterais para apoiar o desenvolvimento de nações de baixa renda e endividadas.
Resumindo em um parágrafo ou mais
Fernando Haddad, atual ministro da fazenda, apresentou uma perspectiva positiva acerca do crescimento econômico do Brasil no ano de 2024 e para os próximos anos no evento Macro Vision do Itaú BBA. Segundo ele, o país está em um momento de recuperação após anos de crise, com projeções de crescimento que acompanham a média mundial e uma atenção internacional crescente devido às suas vantagens competitivas. As reformas econômicas e fiscais são vistas como alicerces importantes para impulsionar o desenvolvimento a longo prazo, juntamente com a recuperação do grau de investimento, que sinaliza confiança na capacidade do Brasil de atrair investimentos. Além disso, apontou que a posição do país no cenário global está sendo fortalecida pelo Plano de Transformação Ecológica e a liderança brasileira no G20.
Esperamos ter ajudado com esse resumo do painel e estamos sempre à disposição!
Equipe Comunicação Externa & Pesquisa MZ
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