No 23º Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, organizado pela ABRASCA e pelo IBRI em São Paulo, tivemos o painel Investimento em Criptomoedas x Investimento em ações – tendências, com os participantes José Alexandre Costa de Freitas (CEO, Oliveira Trust), Nicole Dyskant (Head Global, Hashdex), Julia Franco (Sócia da área de Societário do Cescon Barrieu Advogados) e o moderador João Accioly, diretor da CVM. Foi uma troca de informações muito interessante e esclarecedora, principalmente sobre os criptoativos, que estão em alta e são cada vez mais populares no Brasil.
As criptomoedas são um tipo de ativo que já nasceu gigante e que tem potencial para aumentar ainda mais o seu número de investidores. Muitos investidores já perderam e também ganharam dinheiro rapidamente nesta modalidade de investimento, conhecido também como moeda digital, e podemos dizer que a alta volatilidade destes ativos tanto instiga quanto assusta os investidores. O sucesso das criptomoedas pode se dar justamente pela “mesmice” dos ativos regulamentados, que possuem muitas regras e, às vezes, com retorno muito inferior. Portanto, as pessoas se arriscam nestes ativos onde o retorno pode ser alto apesar dos riscos. Estes ativos são polêmicos e o painel tentou desmistificar este tema: considerado um ativo digital, as criptomoedas são conhecidas por serem ativos de altos riscos e altos ganhos, onde se pode ter um grande retorno em um pouquíssimo tempo pelem função de sua alta volatilidade.
Uma dúvida constante entre os investidores é se as criptomoedas são valores mobiliários ou não. Essa é uma questão de definição, levando em consideração o peso regulatório e, no momento, estes ativos digitais não se enquadram no perfil de valores mobiliários. Para isto, seria necessário cumprir uma série de normas e esse trâmite, via de regra, não agregaria valor aos investidores.
A segurança destes ativos é uma das pautas mais polêmicas. A regulamentação no Brasil deve ser aprimorada para se evitar tanto golpes quanto lavagem de dinheiro e a CVM continua estudando quais normas e regras serão estabelecidas para este tipo de ativo. Os especialistas concordam que é crucial ter atenção na hora de regularizar estes criptoativos para não inviabilizar essa modalidade de investimento: ao impor no processo muitas regras e normas, o possível retorno deste produto acaba ficando limitado. O ideal é gerar segurança para os investidores com regras simplificadas, da mesma forma que hoje acontece na compra e venda de ações.
Relação entre Token x Criptomoedas: O token é um criptoativo que necessita de uma plataforma para ser utilizado. As criptomoedas, por sua vez, são moedas digitais. Existem tipos de tokens que são utilizados para garantir a segurança dos seus ativos financeiros em aplicações diversas. A grande diferença entre token e criptomoeda é que as criptomoedas são utilizadas como as moedas fiduciárias para aquisição de bens e serviços (mas são descentralizadas, não atreladas a governo algum), enquanto os tokens funcionam como uma espécie de contrato. Para facilitar o entendimento: podemos ter 1 token que represente várias criptomoedas.
Em conclusão, as moedas digitais possuem diversas diferenças em relação ao investimento em ações, que já é totalmente conhecido e acessível para todos os brasileiros interessados em investir, e principalmente, possui uma regulamentação definida e clara por parte da CVM, que oferece muito mais segurança para empresa emissora e investidor. Em contrapartida, as criptomoedas possuem a vantagem de ter um potencial de ganhos mais alto, o que acaba chamando muito a atenção de investidores que buscam retorno no curto prazo, na maioria das vezes jovens.
A MZ já possui hoje em sua gama de clientes, algumas empresas voltadas para as criptomoedas, que mostra que esta modalidade está crescendo entre as empresas e será mais uma forma destas negociarem, assim como ações – e, por falar em ações, a MZ é uma referência em soluções para o controle de Base acionária no Brasil.
Rodrigo Lima
Account Executive na MZ
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