São Paulo, 28 de junho de 2023 – Além de fundos abertos e fechados, como explorado no artigo anterior, existem diferentes categorias de fundos de investimento para atender às diversas necessidades e perfis de investidores. Cada uma possui uma estratégia de investimento específica, que determina onde e como os recursos serão alocados.
Já comentamos anteriormente a Importância dos Fundos de Investimento e os tipos de investidores e prestadores de serviço, hoje vamos falar sobre as principais categorias de Fundos de Investimento.
Fundo de Investimento Financeiro (FIF)
Os Fundos de Investimento Financeiro (FIF) são grupos de investidores que se juntam para investir em diferentes ativos financeiros. O gestor do fundo é responsável por acompanhar o mercado, identificar oportunidades e proteger o capital dos investidores. Existem diversas categorias de FIF:
- Fundos Cambiais;
- Fundos de Renda Fixa;
- Fundos de Previdência;
- Fundos Imobiliários;
- Fundos de Ações.
Ao investir em um fundo, o investidor adquire cotas, que representam uma parte do patrimônio do fundo. O gestor decide como distribuir os recursos entre os diferentes ativos e categorias de investimento. Dependendo da categoria do fundo, existem regras específicas sobre o percentual de investimento em cada tipo de ativo.
As cotas do fundo podem ser compradas e vendidas pelos investidores, e o valor das cotas varia de acordo com o desempenho dos ativos do fundo. Os investidores têm a oportunidade de diversificar seus investimentos e aproveitar as habilidades do gestor para obter retornos no mercado financeiro.
Fundo de Investimento em Participações (FIP)
O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é um investimento coletivo destinado a empresas em fase de desenvolvimento e os recursos são captados por meio da venda de cotas aos investidores.
Os FIPs têm influência na definição da política estratégica e gestão das empresas investidas. O objetivo é criar valor para as empresas, desenvolvendo seus negócios e implementando práticas de governança corporativa.
Existem diferentes categorias de FIPs:
- FIP – Capital Semente e o FIP – Empresas Emergentes, que se diferenciam pela receita bruta anual das empresas investidas;
- FIP – Infraestrutura e o FIP – Produção Econômica intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, voltados para projetos específicos;
- FIP – Multiestratégia, que permite investimentos em diferentes tipos e portes de empresas, inclusive no exterior.
Os FIPs devem manter a maior parte de seu patrimônio investido em ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros valores mobiliários conversíveis em ações. Eles também podem investir até 20% de seu capital em ativos no exterior, desde que tenham a mesma natureza econômica. Empréstimos diretos de organismos de fomento podem ser contratados, limitados a 30% dos ativos do fundo.
É possível verificar todos os FIPs listados na página da B3.
Fundo de Investimento Imobiliário (FII)
Os Fundos de Investimento Imobiliário, mais conhecidos como FIIs, são investimentos coletivos no mercado imobiliário. Os recursos são obtidos através da venda de cotas para investidores e o fundo é administrado por uma instituição financeira específica.
O dinheiro captado com a venda das cotas pode ser utilizado para adquirir diferentes tipos de imóveis, como comerciais ou residenciais, prontos ou em construção. Também é possível investir em títulos e valores mobiliários relacionados ao setor imobiliário, como cotas de outros FIIs, Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) ou ações de empresas do setor.
Cada FII possui um regulamento que define sua política de investimento. Essa política pode ser específica, determinando que o fundo invista apenas em salas comerciais para aluguel, por exemplo, ou pode ser mais ampla, permitindo a aquisição de imóveis prontos em geral ou em construção, que podem ser alugados ou vendidos.
Os fundos geram renda por meio da locação, venda ou arrendamento dos imóveis adquiridos. Caso invistam em títulos e valores mobiliários, a renda pode vir dos rendimentos distribuídos por esses ativos ou através de ganhos de capital, que ocorrem quando há diferença entre o preço de compra e venda dos ativos. Os rendimentos obtidos pelo FII são distribuídos periodicamente aos cotistas.
Os FIIs estão muito populares entre os investidores Pessoa Física por diversos motivos, como o acesso ao mercado imobiliário por permitir que investidores com menor capital entre no mercado, por exemplo. De acordo com o Boletim Mensal dos FIIs da B3, no mês de maio de 2023, a CVM contava com mais de 800 FIIs e mais de 2 milhões de investidores Pessoa Física investindo nesta categoria de Fundos, uma participação de 68% em volume negociado.
Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC)
Um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) é um fundo que destina a maior parte de seus recursos para investimentos em créditos a receber. A constituição do fundo e a captação de recursos são realizadas por uma instituição financeira específica, por meio da venda de cotas aos investidores. Os direitos creditórios são provenientes de créditos que empresas têm a receber, como duplicatas e cheques, e podem ser adquiridos pelo FIDC, permitindo às empresas anteciparem o recebimento desses recursos.
Os créditos originados de diversas áreas, como finanças, comércio, indústria, imóveis, arrendamento mercantil e prestação de serviços, podem se tornar ativos de um FIDC. Os investidores que adquirem cotas do fundo ficam indiretamente expostos aos retornos e riscos desses créditos. Cada FIDC possui um regulamento que estabelece a política de investimento, os critérios de composição e diversificação da carteira, os riscos envolvidos e o segmento em que o fundo atua.
No FIDC, o custodiante desempenha um papel importante, validando os direitos creditórios, recebendo a documentação que comprova a existência desses créditos, realizando a liquidação financeira, custodiando a documentação relacionada aos direitos creditórios e cobrando pagamentos em nome do fundo.
Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro)
Fiagro é uma categoria de fundo de investimento criada no Brasil em 2021 e que reúne investidores interessados em aplicar no agronegócio, abrangendo tanto ativos imobiliários rurais quanto atividades relacionadas à produção no setor.
A captação de recursos é feita por meio da venda de cotas aos investidores, e existem diferentes categorias de Fiagro, como aqueles voltados para direitos creditórios, imóveis rurais e participações em sociedades agroindustriais.
Existem diferentes categorias de Fiagro:
- Fiagro-FIDC: Fundos de investimento que aplicam em direitos creditórios relacionados à agroindústria.
- Fiagro-FII: Fundos que possuem ativos imobiliários rurais.
- Fiagro-FIP: Fundos de investimento em participações em sociedades relacionadas ao agronegócio.
Os rendimentos do Fiagro são gerados através da venda ou locação de imóveis rurais, sendo distribuídos regularmente aos cotistas. Caso o fundo invista em títulos e valores mobiliários, os rendimentos podem vir dos rendimentos distribuídos por esses ativos ou de ganhos de capital resultantes da diferença entre o preço de compra e de venda.
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