São Paulo, 05 de outubro de 2023 – Quando pensamos no mercado de capitais, é natural que a primeira imagem que nos ocorra seja a bolsa de valores, no Brasil representada pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), onde as ações são negociadas. Para uma empresa ter suas ações listadas e negociadas, é necessário passar por um processo conhecido como IPO, que é a sigla em inglês para Oferta Pública Inicial de Ações. Após concluir esse processo, as ações da empresa tornam-se disponíveis para negociação no mercado de capitais.
No entanto, a jornada de transformar uma empresa de capital fechado em uma empresa de capital aberto, pronta para ter suas ações negociadas, não é tarefa simples. Requer tempo e o cumprimento de uma série de regras e requisitos rigorosos estabelecidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador no Brasil. Nesse artigo, propomos uma discussão sobre a importância desses tópicos para o mercado e para o profissional de Relações com Investidores.
Por que os IPOs são tão importantes para a economia?
A resposta está na considerável quantidade de recursos movimentados por esses processos, que as empresas utilizam para investir em seus negócios, gerando impacto na economia real e influenciando todo o mercado de maneira geral, incluindo o financeiro.
Depois de dois anos fortes, 2020 com 28 operações que movimentaram mais de R$43 bilhões e 2021 com 45 operações que movimentaram mais de R$65 bilhões, o ano de 2022 e ao que tudo indica 2023 também terminará sem nenhuma operação de Oferta Inicial de Ações.
O cenário macro com taxas de juros altas não favorece, mas com a tendência de queda no horizonte, as reformas que estão sendo feitas no país e, principalmente, com as iniciativas da CVM, junto com os integrantes do mercado como a Anbima e a B3, esse cenário tende a mudar e, nós, na MZ, acreditamos nisso.
A CVM vem buscando meios de reduzir a burocracia para as empresas na abertura de capital
O Congresso Capital Conecta, organizado pela Ancord (Associação Nacional das Corretoras de Valores) e pela Apimec Brasil (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil) em outubro, o presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), João Pedro Nascimento, passou pela agenda e as iniciativas da autarquia que visa reduzir a burocracia para ajudar novas empresas a buscarem a abertura de capital, assim como ajudar as empresas de uma maneira geral a terem mais acesso a capital.
O mercado de capitais é de suma importância para o desenvolvimento do país e a autarquia sabe disso. Por isso, vem aprimorando suas regras para tentar atender às mudanças na sociedade, como por exemplo através de parcerias importantes com a Anbima, o rito de registro automático das ofertas é uma das novidades trazidas pela Resolução CVM 160, cujo objetivo é proporcionar ainda mais agilidade e reduzir os custos de observância das operações.
E embora não tenhamos nenhum IPO que tenha se aproveitado dessa novidade, todos os Follow-Ons – e já foram 15 esse ano que movimentaram R$28 bilhões – já seguiram o Rito Automático da Resolução CVM 160.
Ou seja, como pontuaram Priscilla Sorrentino, Gerente Executiva do Núcleo de Ações Investigativas e Sancionadoras de Supervisão da Anbima, Flavia Mouta, Diretora de Emissores da B3, Fernanda Amaral, Sócia do escritório Freitas Leite, e Mara Limonge, DREE da Apimec Brasil, as instituições seguem de maneira conjunta buscando maneiras de facilitar e flexibilizar a abertura de capital e a diversificação de produtos para os investidores.
Outro ponto que teve bastante destaque foi o avanço de pessoas físicas entrando na B3 e como os participantes de mercado, junto com a autarquia, se ajudam para incentivar e atender às demandas novas para esse tipo de investidor, como a nova instrução para fundos que visa, entre várias mudanças que consideramos positivas, possibilitar o acesso do varejo a novos produtos. Falamos um pouco sobre a mudança nas regras dos fundos em diversos artigos no Portal MZ.
Nesse contexto, os influenciadores digitais desempenham um papel importante. O debate no congresso também abordou como a CVM e o mercado podem interagir com esse novo player, destacando a crescente importância das redes sociais na comunicação com os investidores.
Na MZ, acreditamos que as empresas que conseguem comunicar efetivamente através de várias plataformas e redes sociais podem contar sua história e destacar seus diferenciais, agregando valor para seus investidores e demais stakeholders. Para saber mais, fale com a gente!
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